O Brasil é um país com 8.514.876.599 quilômetros quadrados, 5º maior país do mundo (4º, se considerarmos apenas terras contínuas). A população é de aproximadamente 183,9 milhões de habitantes mal distribuídos pelas 5 regiões brasileiras, e, segundo estimativas, em 2025, a população crescerá para 228 milhões. Com tantas pessoas, em um país tão grande.. Como administrá-las?
Simples: perante a lei, somos números. Meros números. RG, CPF, número de matrícula, número de cadastro, título de eleitor... Não haveria problema nisso, se nós fossemos tratados como pessoas. Mas, não. Somos representados como números e, para o governo, nós somos apenas números.
Em época de eleição, só o que vemos é um bombardeio de propagandas políticas. Todos dizem que “querem melhorar o país para você, que querem o seu voto e a sua confiança.” Mas, me pergunto: eles se importam? Quem somos nós, para eles? Na contagem dos votos, eles não dizem “olha! Fulaninho votou em mim”. Eles dizem “olha! Mais um votou em mim”. Nós não somos ninguém, para esses políticos. Somos apenas mais um. Só mais um.
Devo admitir que sim, é impossível imaginar um governo que consiga tratar 183,9 milhões de pessoas da mesma maneira. Talvez os tais números sejam realmente importantes para a “ordem e o progresso” de nossa humilde nação. Mas esses números apenas nos representam. Nós não somos números. Somos pessoas. Somos gente, com idéias, vontades e insatisfações. Somos brasileiros.
Possivelmente, muitos hoje em dia já esqueceram o que realmente quer dizer a palavra brasileiro. Ser brasileiro não é gostar de futebol, de samba, e de mulheres semi-nuas no carnaval. Ser brasileiro é ser parte de um país, ter direitos e deveres respeitados por todos. Ser brasileiro é ter voz!
Se ser brasileiro significar ser um número, eu digo: sou um número com orgulho! Mas sou um número que usa a cabeça para pensar, usa a boca para expressar sua opinião, e tem um coração que pede por desenvolvimento, justiça e ética.
• Carol Luz
8.221.279
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